As rotas marítimas críticas são as rotas consideradas cruciais para o comércio marítimo, transporte, pesca e outras atividades marítimas essenciais. Nos últimos anos, registou-se um aumento considerável de atividades piratas e de atos de assalto à mão armada no mar, em termos de distribuição geográfica, número de incidentes registados, nível de violência contra marinheiros, período de detenção e pagamento de resgates.
Como o transporte marítimo representa de longe a maior proporção em volume do comércio mundial e cerca de 90% do comércio mundial da Europa é transportado por mar, o Oceano Índico, o Golfo da Guiné e o Sudeste Asiático são de importância estratégica para a Europa.
Os riscos potenciais para os países costeiros em questão são que os navios de comércio externo possam não entrar nos principais portos da região, um impacto negativo no sector do turismo e das pescas, um aumento dos preços do petróleo, elevados custos de transporte marítimo e de seguros, bem como riscos ambientais.
Em 2009, em resposta ao agravamento da situação da segurança marítima a nível mundial e na sequência dos objetivos do Programa Indicativo 2009-2011 para o Instrumento de Estabilidade (IE), a UE criou o programa Rotas Marítimas Críticas (CMR) para enfrentar o desafio da proteção e segurança marítima em diferentes regiões, tais como o Sudeste Asiático, o Oceano Índico Ocidental e o Golfo da Guiné.